segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Considerações Dezembrinas

Olha, se tem uma coisa que me perturba, de verdade, é decoração natalina.
Se uma pessoa quer botar um pisca-pisca em volta da janela, tudo bem.
Montar um presépio na sala, ainda vá lá.
Mas Papai Noel com roupinha de veludo e neve artificial nesse calor, simplesmente NÃO DÁ!!!
Acho bizarra a Av. Paulista em dezembro. Mesmo! Não é querendo dar uma de esquerdóide extremista, só acho tudo de um extremo mau gosto.
Eu adoro dar e receber presentes. Como peru, nozes, cerejas... e tudo tipicamente importado desta época do ano.
Mas acho um absurdo um país tropical, adotar pinheiros de plástico como símbolo, e ainda encher de penduricalhos como... cristais de gelo.
Não consigo ver beleza em um monte de tradições que eu desconheço e não sinto a mínima identificação.
Não tenho um coqueiro com bananas luminosas na minha sala mas, acho que seria bem mais bonitinho e diferente.
E o que mais me incomoda mesmo é o tal espírito de natal, muita gente inclusive diz que é falsidade, eu acho que não, e isso é o pior de tudo.
As pessoas realmente se apegam a isso sabe? Doações e visitas à orfanatos e asilos multiplicam exorbitantemente nessa época. Ligações aos parentes distantes, reconciliações...
Aaaargh! Por que demônios só em dezembro as pessoas querem ser boazinhas umas com as outras?
Essa aura de fraternidade, paz, amor e boas ações deveria durar o ano todo, ser natural...
Enfim, a festa pra mim se resume à comer como se o mundo fosse acabar, saborear pratos e doces da minha mãe e de cada uma das minhas tias e avós.
Ganhar alguns cacarecos, passar mal a noite toda e repetir tudo no dia seguinte, mesmo sabendo que tem um monte de gente passando fome na rua enquanto eu tenho uma senhora congestão.
Ou seja, não sou ninguém pra falar da hipocrisia alheia, só acho que o reconhecimento é sempre o primeiro passo, e já passou da hora das pessoas terem um pouco de boa vontade de janeiro à novembro.
Agora vem o Ano Novo, e tá aí uma festa realmente brasileira, todos os católicos do dia 25 assumem o lado Candomblé do dia 31.
Roupas brancas, lentilhas, romã, rosas e sete ondinhas celebram descaradamente o individualismo em busca de sorte para o ano que vai chegar.
Pra mim o que é divertido mesmo é encher a cara em boa companhia, e tentar aprender cada vez mais em todos os anos que chegam e com os anos que se vão.
Vibrações positivas à todos!
Namastê, Salam Al Aleikum, Amém, Shalom e Axé à todos.

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