quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

11 milhões agora...

São, São Paulo meu amor
São, São Paulo quanta dor
São oito milhões de habitantes
De todo canto em ação
Que se agridem cortesmente
Morrendo a todo vapor
E amando com todo ódio
Se odeiam com todo amor
São oito milhões de habitantes
Aglomerada solidão
Por mil chaminés e carros
Caseados à prestação
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
Quanta dor
Salvai-nos por caridade
Pecadoras invadiram
Todo centro da cidade
Armadas de rouge e batom
Dando vivas ao bom humor
Num atentado contra o pudor
A família protegida
Um palavrão reprimido
Um pregador que condena
Uma bomba por quinzena
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
Quanta dor
Santo Antonio foi demitido
Dos Ministros de cupido
Armados da eletrônica
Casam pela TV
Crescem flores de concreto
Céu aberto ninguém vê
Em Brasília é veraneio
No Rio é banho de mar
O país todo de férias
E aqui é só trabalhar
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

São Paulo, 457 anos.

Fotos: Priscila Araújo

Eu sou paulistana da gema, nasci em São Paulo, cresci em São Paulo e moro em São Paulo até hoje. Só saí daqui pra me tornar turista por aí e acho que nunca passei muito mais de um mês longe daqui.
Eu sei que pelo Brasil muita gente deve se perguntar o que vejo de tão bom aqui, apenas falando as explicações parecem não surtir o mesmo efeito, só quem vive, conhece e desfruta de tudo o que a cidade oferece pode entender o que eu quero dizer.
Sou completamente apaixonada pela cidade e me arrisco dizendo que dentre todas que conheci no Brasil até hoje não encontrei nenhuma tirasse minha paixão por Sampa.
Sei que eu poderia escrever por horas e horas um texto enorme sobre o quão grandiosa a cidade é, mas como eu disse antes se você não está aqui de nada vai adiantar e se você está sabe do que eu estou falando.

Hoje, minha adorada cidade, já "quatrocentona", faz 457 anos e aqui fica registrado o meu amor.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Todo bêbado acha que é milionário...

Acho que partindo desse principio muita gente vai pros bares da região da Av. Paulista e Rua Augusta vender "seu peixe". Já vi gente vendendo latinhas de alumínio após ter feito alguma arte com elas, livros, adesivos, imã de geladeira, bijuterias, doces, entre outras coisas.
Pois bem, esses dias estava eu num bar com uma amiga quando a vi acenar para alguém, era uma mulher que ela já tinha conhecido num outro bar. Essa mulher escreve poesias, as imprime numa folha de papel sulfite e sai vendendo de bar em bar, de mesa em mesa. Quanto custa? Bom, você paga o quanto quiser.
Minha amiga comprou uma e pelo valor que ela pagou eu acabei recebendo uma também e vou compartilha-lá com vocês.


DIVINOS DEVANEIOS


Se faz presente a melancolia,
soprando em minha vida eterna maresia,
com fortes tufões;
saudades explodindo corações,
e no final do horizonte além
não há nada nem ninguém...


Somente o árido deserto indiferente,
a vida indo sempre para frente,
eu luto e não venço;
e as vezes até penso
que serei assim dissimulada
rindo e chorando alucinada...


Sendo poeta, vivendo em mundo diverso,
e é todo azul este meu universo,
Cleópatra, Maria e Madalena;
amando, sacrificando, dando pena
rasgo a realidade e sonho gozando
o paraíso que sempre estive almejando...


                                     Constance Belmar

Rehab

Quem me conhece sabe que eu tenho a fama de estar conectada a internet praticamente 24h por dia, mas desde o final de 2010 as coisas foram um pouco diferentes. Logo após o natal meu notebook pediu férias, foi pro spa e me mandou pra Rehab.
Fiquei vinte dias sem computador, afinal se o meu pediu férias eu não quis usar o de mais ninguém. No começo foi um sofrimento, mas no final eu já estava acostumada e me sentindo menos dependente.
Bom, passadas as férias no spa e minha reabilitação cá estamos nós outra vez pra perturbar vocês.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sem Glamour

Crepúsculo;
True Blood;
Anjos da Morte;
Vampire Diaries;
Buffy;
Blade;
Garotos Perdidos;
Entrevista com o Vampiro;
E até a novela Vamp... sem esquecer é claro de Nosferatu and, as mil e uma filmagens de Drácula.
São só alguns dos títulos de produções vampirescas que fazem parte do nosso imaginário desde... Sempre!
O que todos estes filmes e séries tem em comum? É que os tais chupadores de sangue, mesmo quando caçados e vilanizados, são mostrados como símbolo de poder e muita magia.
Na maioria das vezes, dá até vontade de ser vampiro, morar nun puta castelo, usar roupas ótimas, sair hipnotizado reles mortais noite afora...
Até que o sueco Tomas Alfredson colocou os dois pés no chão, e resolveu mostrar o que realmente poderia acontecer, se uma pessoa "normal" fosse mordida por um morcego e, desenvolvesse um apetite voraz por sangue do dia pra noite.
Em Estocolmo, Oskar (Kåre Hedebrant) um menino de 12 anos super bonitinho e, zuadinho na escola, começa a ficar amigo de sua nova vizinha Eli (Lina Leandersson), da mesma idade.
Até aí tudo bem, os dois até começam um romancezinho obviamente, mas então ele descobre que ela é vampirinha.
E coitadinha dela, sem as roupas e jóias vitorianas fica difícil não paracer uma aberração da natureza né?
E é assim que ela se sente, e se esconde de todo mundo.
Por medo do que podem pensar? Sim. Mas principalmente por medo de atacar as pessoas, não por esporte, mas pra sobreviver.
A relação dos dois se aprofunda, e ela até ajuda o rapaz a se livrar dos babaquinhas da escola.
O filme é uma graça, sombrio é claro, mas super legal.
Fez sucesso nos cine cults de São Paulo e do mundo, e agora vai ganhar uma versão estadunidense, que pelo trailer já parece ter sido cagalhada com uma perseguição policial que é beeem secundária no filme original.
O diretor é Matt Reeves, do seriado Felicity; Oskar virou Owen (Kodi McPhee, de "A Estrada") e Eli virou Abby (Cloe Moretz, de "500 dias com ela" e "Kick ass", atoron ela).
Espero do fundo do coração que o filme faça juz ao europeu, e acho mais honesto um remake do que uma cópia do roteiro repaginada como geralmente acontece.
E que essa febre de zumbis e vampiros passe um pouco, acho legal, mas já deu o que tinha que dar né?
Como se a gente já não fosse complexo and complicado o suficiente...