1)Assisto novela, fazer o que né?
Saí da casa da minha mãe pra morar com minha avó.
Nunca tive tv no quarto, por isso sempre vejo "o que tá passando".
Então eu to sempre por dentro do quem pegou quem, matou quem, casou com quem
Até acho divertido quando a bisa (que tem alzheimer) interage com os personagens.
- Falei pra ela não ir aí, sabia ó, eu disse!
É um fenômeno social mesmo, dita tendências...
Quando eu tiver minha casa eu saio dessa vida, assim como paro de comer carne... ou não.
2)Passei uma parte da minha adolescência pensando ser uma mutação genética.
Resultado de uma imaginação fértil alimentada por desenhos, seriados e filmes de ficção científica.
And um fato que eu achava pitoresco.
Nasci ruiva, juro! Tinha o cabelo fininho, lisinho e vermelhinho, lindo!
Por isso sempre que vejo uma ruiva natural sou consumida por uma inveja patológica incontrolável
Sabe aquela história de que todo bebê nasce com os olhos mais claros e vão escurecendo com o tempo?
Pois é, eu era um nenêm ruivo e de olhos verdes, segundo minha mãe...
Mas cresci, e meu cabelo ficou preto, bem preto e meus olhos castanhos.
Depois descobri que era normal.
Vi várias fotos de pessoas que passaram pelo mesmo drama, agora meu cabelo tá perdendo melanina.
Será que nunca vai ter uma cor definida?
3)Meu pai é petista, sempre votou no Lula, desde que me entendo por gente.
Mesmo sobre tooodas as críticas da família psdb(e)ista da minha mãe.
E vi estampada na cara dele a decepção, não com o presidente, mas com o partido.
Sempre tive em casa uma exemplo de não-militante que votava por ideologia.
E hoje vejo isso findado e desiludido.
Talvez isso tenha moldado meu esquerdóidismo juvenil, ou minha desesperança atual.
Talvez tenha sido o Rousseau e o Maqueavel mesmo!
4)Gosto de romances, pronto falei!
Não o gênero, romance no sentido deturpado da coisa mesmo, água com açúcar.
"When Harry met Sally" mano, taí um filme que me derruba. Aliás, a Meg Ryan me derruba
Não vamos discutir se ela é boa atriz ok?
Fato é que os filmes com ela me fazem querer ter alguém pra dividir um sofá domingo a noite.
"Dirty dancing" me fez pensar em desigualdade social pela primeira vez na vida, e claro querer aprender a dançar.
E vários outros filmes me fizeram, and fazem, achar que nenhum rapaz é suficientemente digno de meu nobre coração.
Hollywood vai me fazer morrer velha, cheia de gatos, esperando pelo príncipe encantado.
Assim como a Dysney me fez ser uma criança autista, esquizofrênica, mas muito alegre.
5)Ah adolescencia, se eu pudesse te apagar da minha memória.
Lembra da moda dos clubbers?
Pois é, eu usava blusa pink, saia amarela e um monte de pulseira de silicone com bolinha de gliter.
Quase a família restart de hoje.
Com um agravante, ninguém dessa galera tinha idade pra entrar em um club de fato.
Antes disso, eu tentei ser skatista, usava calça larga com blusinha e um tênis pão de hamburger.
E depois disso eu quis morar na praia, surfar e virar hippie.
Usava bata, vestidão, bringo de metal retorcido, pulseira de barbante colorido e colar de sementes, conchas, e sei lá mais o que.
Ainda bem q toda fase passa...
6)A música acompanhava todas essas minhas mudanças de humor.
Em minha defesa, quero salientar que ouço Led Zeppelin desde os 6 anos de idade.
Graças a minha madrinha com quem eu fazia air guitar e jogava o cabelo no chão, e pra salvação da minha alma, meu avô ouvia Adoniran Barbosa, minha mãe ouvia Beatles, e meu pai Eric Clapton e Gal Costa.
Entretanto, todavia e contudo durante a fase de experimentações ouvi pagode, axé, forró charlie brown jr, blink 182, backstreet boys...
Entre outras coisas tão "embaraçosas" quanto, tendo orgulho de nunca ter aderido ao Bon Jovi nem Guns, detesto até hoje e com orgulho!
Mas toda fase tem suas alegrias e tristezas, pelo menos fui uma adolescentch alegre y feliz.
O resto eu posto depois que até eu to com preguiça de ler tudo isso.