quinta-feira, 30 de setembro de 2010

La lobinha 1

Iamos...
Até passarmos (Mari e eu) no mercado com a tia Vivi, vulgo mãe da Mari, que a cada corredor dizia “Sabe o que seria bom pra vocês levarem...” e colocava algo no carrinho. Fomos pra casa dela e eu tive que reinventar a organização da minha mochila pra poder fazer caber parte daquilo tudo.
Na rodoviária esperamos ansiosamente o ônibus rindo da nossa própria desgraça carregando aquele monte de bagagem e nos comparando com uma cara que tinha acabado de passar por nós na rodoviária, ele tinha uma barraca e uma mochila menor do que a que eu uso no dia-dia.
Já no ônibus eu conseguia apreciar o céu estrelado e a lua, tá, se tem uma coisa que eu amo fazer é apreciar o céu. Eu estava em São Paulo onde não chovia havia dias e o ar tava tão poluído que as vezes eu olhava na rua e parecia estar num palco cheio daquelas fumaças de efeitos especiais ou num sonho... Consegui dormir por poucas horas e acordava com a Mari me chamando pra ver alguma coisa, tipo o mar do litoral norte ou os barquinhos em Parati. Hahaha
Gente, como a Usina Nuclear de Angra é linda, né? Passamos lá em frente antes do dia amanhecer e tudo aquilo aceso no meio do escuro da madrugada, uma beleza. Quero fazer uma visita guiada pela usina, pode?
Chegamos à rodoviária e encontramos duas das companheiras de empreitada, que alegremente passaram a noite na rodoviária. “Essas coisas constroem o caráter.”
Bom depois disso só faltava encontrar as duas companheiras moradoras de Angra...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O meme, de fato

7)Sou nerd, muito!
Até aí nenhuma novidade, mas eu demorei pra perceber isso.
É que na minha casa todo mundo é, então eu achava normal.
Meu pai é engenheiro, daí um avião passando com um cartaz na praia já era motivo suficiente pra nos contar a história da aviação, desde as primeiras tentativas de fazer asas com cera e penas e tal e coisa...
Minha mãe faz artesanato, então eu sempre soube nome de plantas, tecidos e diversos materiais. Ao invés de Playcenter ela nos levava em feiras de artesanato no Rotary, e discorria sobre os tipos de presépio, o que eles representam, do que são feitos...
Daí surgiu essa nossa curiosidade em querer saber TUDO.
Digo nossa porque meus irmãos são tão nerds quanto eu.
Minha mãe explicava como as coisas eram feitas e meu pai como funcionavam
Resultado: Achamos normal conversar sobre plantas epífitas vendo uma árvore qualquer, qual o problema?
Só quando eu comecei a socializar com pessoas que não entendiam muito bem algumas coisas que eu falava e me olhavam estranho, eu percebi que essas coisas não eram lá muito... comuns.

8)Eu não sei escrever.
Sempre li bastante, mas nada extraordináriamente acima da média.
Falava e escrevia razoavelmente certo.
Mas daí veio essa reforma ortográfica.
E a internet, com a comodidade de escrever com o google aberto pra checar a grafia.
Agora sempre que tenho uma dúvida e não to on line " pã!" erro 31957.
Na aula, que escrevo old fashioned way, com papel e caneta, fico em pânico.
Outro dia em uma prova, tive que rastrear, no meu hd corroído pelo tempo e pelo mau uso, um sinônimo pra dizer o que eu queria, porque fiquei na dúvida se a palavra existia mesmo, ou se eu estava escrevendo direito, uó!
Tô emburrecendo, cada vez mais...

9)A primeira vez que me apaixonei foi graças aos Titãs. É, a banda!
Aula de biologia da sexta série, tinham acabado de separar ciências em biologia, física e química.
Eu nunca tinha beijado na vida, já tinha "gostado" de alguns garotos, mas nunca tinha tido realmente nenhuma intenção com isso sabe?
Daí numa aula sobre verminoses a professora pergunta:
- Alguém sabe o que é cisticercose?
- Eu, (Assim, sem exclamação, sem levantar a mão) é uma doença.
- Alguém na sua família já teve?
- Não, nem sei o que acontece, mas é que fala numa música do Titãs... "O pulso".
Todo mundo riu, todo mundo menos eu.
Cara, sério, eu nunca tinha olhado pra ele, nem sequer o achava estranho, ele era quieto, quase nulo. Mas primeiro eu pensei, ele tem bom gosto musical, depois eu pensei, como ele é esperto!
Daí já era, foi aí que surgiu minha tara por japoneses, e por nerds, claro.
A professora pra ajudar fez o mapa da sala e colocou quem na minha frente?
Naquela época os lugares eram fixos e mudavam todo bimestre pra evitar panelinhas
Passei dois meses inteirinhos olhando aquele cabelo lisinho e pretinho com olhos de cobiça.
E oferecendo todas as minhas cores de caneta, as diversas espessuras de grafite e os diferentes formatos e cheirinhos das minhas borrachas pra ele.
E com o primeiro amor veio a primeira decepção, quando os mapas da sala foram refeitos, ele sentou com a loirinha de cabelos cacheados e acabou "ficando" com ela.
Sim, naquela época, o menino pedia pra um amigo, que falava pra uma amiga da menina, e esta informava que o tal rapaz queria ficar com ela, daí "ajeitava-se" um local e um horário.
Os dois iam lá, morrendo de vergonha, davam um beijinho, com as mãos na paradinhas e depois cada um ia pro seu lado...
Isso consistia em ficar, pelo menos na minha cidade, ainda bem que as coisas evoluem né?
E eu acompanhei esse processo todo sofrendo calada...

E estas foram as minhas 9 revelações bombásticas hahahahaha
Tá, não foram nada bombásticas, mas foi o que eu achei que seria... divertido escrever aqui.

xoxo

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O dito cujo

1)Assisto novela, fazer o que né?
Saí da casa da minha mãe pra morar com minha avó.
Nunca tive tv no quarto, por isso sempre vejo "o que tá passando".
Então eu to sempre por dentro do quem pegou quem, matou quem, casou com quem
Até acho divertido quando a bisa (que tem alzheimer) interage com os personagens.
- Falei pra ela não ir aí, sabia ó, eu disse!
É um fenômeno social mesmo, dita tendências...
Quando eu tiver minha casa eu saio dessa vida, assim como paro de comer carne... ou não.

2)Passei uma parte da minha adolescência pensando ser uma mutação genética.
Resultado de uma imaginação fértil alimentada por desenhos, seriados e filmes de ficção científica.
And um fato que eu achava pitoresco.
Nasci ruiva, juro! Tinha o cabelo fininho, lisinho e vermelhinho, lindo!
Por isso sempre que vejo uma ruiva natural sou consumida por uma inveja patológica incontrolável
Sabe aquela história de que todo bebê nasce com os olhos mais claros e vão escurecendo com o tempo?
Pois é, eu era um nenêm ruivo e de olhos verdes, segundo minha mãe...
Mas cresci, e meu cabelo ficou preto, bem preto e meus olhos castanhos.
Depois descobri que era normal.
Vi várias fotos de pessoas que passaram pelo mesmo drama, agora meu cabelo tá perdendo melanina.
Será que nunca vai ter uma cor definida?

3)Meu pai é petista, sempre votou no Lula, desde que me entendo por gente.
Mesmo sobre tooodas as críticas da família psdb(e)ista da minha mãe.
E vi estampada na cara dele a decepção, não com o presidente, mas com o partido.
Sempre tive em casa uma exemplo de não-militante que votava por ideologia.
E hoje vejo isso findado e desiludido.
Talvez isso tenha moldado meu esquerdóidismo juvenil, ou minha desesperança atual.
Talvez tenha sido o Rousseau e o Maqueavel mesmo!

4)Gosto de romances, pronto falei!
Não o gênero, romance no sentido deturpado da coisa mesmo, água com açúcar.
"When Harry met Sally" mano, taí um filme que me derruba. Aliás, a Meg Ryan me derruba
Não vamos discutir se ela é boa atriz ok?
Fato é que os filmes com ela me fazem querer ter alguém pra dividir um sofá domingo a noite.
"Dirty dancing" me fez pensar em desigualdade social pela primeira vez na vida, e claro querer aprender a dançar.
E vários outros filmes me fizeram, and fazem, achar que nenhum rapaz é suficientemente digno de meu nobre coração.
Hollywood vai me fazer morrer velha, cheia de gatos, esperando pelo príncipe encantado.
Assim como a Dysney me fez ser uma criança autista, esquizofrênica, mas muito alegre.

5)Ah adolescencia, se eu pudesse te apagar da minha memória.
Lembra da moda dos clubbers?
Pois é, eu usava blusa pink, saia amarela e um monte de pulseira de silicone com bolinha de gliter.
Quase a família restart de hoje.
Com um agravante, ninguém dessa galera tinha idade pra entrar em um club de fato.
Antes disso, eu tentei ser skatista, usava calça larga com blusinha e um tênis pão de hamburger.
E depois disso eu quis morar na praia, surfar e virar hippie.
Usava bata, vestidão, bringo de metal retorcido, pulseira de barbante colorido e colar de sementes, conchas, e sei lá mais o que.
Ainda bem q toda fase passa...

6)A música acompanhava todas essas minhas mudanças de humor.
Em minha defesa, quero salientar que ouço Led Zeppelin desde os 6 anos de idade.
Graças a minha madrinha com quem eu fazia air guitar e jogava o cabelo no chão, e pra salvação da minha alma, meu avô ouvia Adoniran Barbosa, minha mãe ouvia Beatles, e meu pai Eric Clapton e Gal Costa.
Entretanto, todavia e contudo durante a fase de experimentações ouvi pagode, axé, forró charlie brown jr, blink 182, backstreet boys...
Entre outras coisas tão "embaraçosas" quanto, tendo orgulho de nunca ter aderido ao Bon Jovi nem Guns, detesto até hoje e com orgulho!
Mas toda fase tem suas alegrias e tristezas, pelo menos fui uma adolescentch alegre y feliz.

O resto eu posto depois que até eu to com preguiça de ler tudo isso.

sábado, 25 de setembro de 2010

10 Things I Hate About You





Ontem na minha imensa (não vou dizer falta do que fazer, porque o que não me faltam são coisas pra fazer, o TCC que o diga) falta de vontade em sair da cama passei o dia assistindo series, desenhos e o filme "10 coisas que eu odeio em você". Quando o Heath Ledger morreu falaram muito da participação dele em "O Segredo de Brokeback Mountain" e "Batman: O Cavaleiro das Trevas", mas pra mim ele sempre vai ficar marcado por esse filme. 
Bom, preciso confessar que eu adoro esse filme, é uma comédia adolescente, ok, mas também é a adaptação da peça de Shakespeare "A Megera Domada", tá, só por isso eu adoro? Nãooo, é super delicinha, divertido e eu acho o sorriso da Julia Stiles lindo. Pra quem não sabe, eu aprecio sorrisos.
Pois bem, eu classificaria o filme como um típico clássico da "Sessão da Tarde", nem sei se já passou lá, mas eu o classifico assim porque é tão gostosinho de assistir quanto "Curtindo a Vida Adoidado" esse, sim, sempre presente e um clássico na programação vespertina da Globo.
Enfim, quem sou eu pra falar de filme se nem mesmo tenho um prêmio de cinema com o meu nome...
Taí uma das minhas partes favoritas do filme, talvez porque eu adore a música... É possível que eu já tenha deixado o Frankie Valli sem voz de tanto cantá-la pra mim, então dessa vez vamos ouvir um trechino com o Heath.



quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Alguém me explica?

Tá, agora que tenho esse blog, ando xeretando em váááários por aí.
Sabe os que ficam nas laterais, como recomendação? Meu novo vício!
E me deparei com um tal de "meme das 9 coisas".
Primeiro que o nome é bizonho, segundo que parece que alguém tem que te indicar, tipo orkut, corrente...
Essas coisas bem estranhas pra mim que sou tchitchia, nada geração y, e demoro pra aprender a usar essas ferramentas.
Mas acho que a internet é o que restou de verdadeiramente democrático pra esse maldito mundo capitalista.
E que essas redes socias são sim uma revolução.
Não vou discutir alienação, o futuro Wall e, nem nada disso.
Fato é que desde que li resolvi participar do tal meme.
Assim, por conta própria mesmo, tipo "cola banca".
Nem sei se devo dizer memê, même, méme, memé...
Mas a real é que comecei a fazer essa merda e NÃO CONSIGO deixar de lado.
E sempre que tento escrever um post novo penso,: "ai, dá pra por no meme".
Enfim, em breve vou postar "Nove coisas que você não sabia sobre mim". 

Eike egocêntrica!
Nada no estilo, te peguei, por essa você não esperava.
Mais um desabafo kind of inútil, mas eu to aqui pra isso né?
Enfim, na verdade mesmo, eu deveria estar fazendo o tcc agora.
Mas isso já é pra oooutro post...
Esse é só pra eu me obrigar a agilizar essa joça e acabar logo com isso.
xoxo

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

De repente eu que sou otimista de mais

Sei lá, a vida pode aparentar seguir o caminho rumo à falência, não arrumei um emprego ainda, não viajei pra todos os lugares que quero, não fiz o meu TCC, entre outras coisas, mas, sabe, ainda assim eu continuo acreditando que tudo vai dar certo.
Eu poderia desistir de arrumar um emprego “formal” e virar ladra, garota de programa, golpista, entrar pra igreja, virar eremita ou hippie, ao invés disso tenho certeza que até semana que vem, no máximo, terei conquistado o emprego dos meus sonhos.
Eu poderia desistir de viajar afinal são tantos destinos que não sei se vou conseguir fazer todas as viagens antes de morrer, mas, cara, pra mim, viajar é a melhor diversão sempre, não importa se é a trabalho, lazer ou necessidade. Pegar um avião, ônibus ou carro e chegar a uma cidade diferente, seja ela perto ou longe, da que vivo já me anima de uma forma inexplicável e é isso que me motiva. Mesmo não fazendo as “maiores” viagens eu continuo viajando e isso é o que importa, em menos de um mês passei por vários lugares: São José dos Campos, São Thomé das Letras, Angra dos Reis, Ilha Grande, Parati e Buenos Aires. Aproveitei todas as oportunidades e todos os convites.
Eu poderia desistir, mas é o último de faculdade e isso significa 87,5% do curso concluído, pois é, falta pouco. Eu já posso me apresentar ao mundo como uma internacionalista, mas caso alguém duvide terei que apresentar meu certificado e pra conquistar o certificado preciso apresentar o meu Trabalho de Conclusão de Curso. Bom, em poucos lugares é exigido o comprovante de escolaridade então eu poderia simplesmente desistir do TCC? Sei que ele vai me dar tanto trabalho pra ser finalizado que nem sei se valeria à pena, mas como tenho essa dúvida se vai ser recompensador ou não optei por fazê-lo e acreditar que no final vai dar tudo certo.
Pois é, posso ser otimista demais, mas eu prefiro ser assim a ficar sofrendo com o pessimismo. Vejo por aí muitas pessoas que sempre acham que tudo vai dar errado e sofrem, sofrem muito por isso, e na maior parte do tempo estão tensas e angustiadas.
Já me perguntaram inúmeras vezes como eu consigo ficar tão tranqüila em momentos importantes e decisivos, talvez a resposta mais correta, alem de respirar pelo diafragma, seja que sempre acredito que tudo vai correr bem.
E na maioria das vezes tudo da certo mesmo, e quando não dá sempre há tempo pra fazer dar, a vida tá aí pra isso. Como minha mãe sempre disse “a única coisa nesse mundo que não se pode dar jeito é a morte”.
Pra mim funciona assim! 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

La Lobinha

Não, eu não estou falando de uma mini Shakira, falo de mim mesma, pessoa criada em cidade grande desde que nasceu, que nunca teve grandes aventuras próximas a natureza indo para o meu primeiro acampamento no auge dos meus 28 anos.
Pensando que é uma maneira super econômica de me hospedar e dessa forma poder conhecer mais destinos, depois de muito resistir (por anos e anos), resolvi me aventurar, por que não? Acho que no fundo, no fundo eu sempre quis ser escoteira ou coisa do tipo, então me preparei para por em pratica os conceitos da lei escoteira “Honra, integridade, lealdade, presteza, amizade, cortesia, respeito e proteção da natureza, responsabilidade, disciplina, coragem, ânimo, bom-senso, respeito pela propriedade e auto-confiança.” Bom, pensei até em arrumar um lenço vermelho pra amarrar no pescoço, afinal em tempos de desemprego caso eu me saísse bem no acampamento poderia pensar numa carreira no escotismo e toda aquela coisa de vender biscoitos de porta em porta.
Pois é, me empolguei tanto com a idéia que até comprei uma barraca, a mochila eu já tinha através de uma das melhores negociações de fiz na vida, troquei uma mini mochila roxa por uma de camping de 70 litros.
Bom, como não poderia ser diferente passei dias lendo sobre alguns destinos, campings e sobre dicas para campistas, como fazer, o que levar e etc.

Destino: Ilha Grande – RJ. 
Quem: Eu e mais seis corajosas garotas a fim de curtir belas paisagens e ótimas companhias e tudo mais que essa aventura poderia proporcionar.

Depois de contar os dias, literalmente, afinal eu tinha outro motivo, alem do acampamento, pra estar ansiosa. Chegou à hora de arrumar a mochila, coloquei tudo dentro, de roupas a produtos de higiene passando pelos itens que poderiam ser necessários no camping, tipo canivete, silver tape e chiclete, ou seja: meu kit Macgyver tava pronto pra qualquer emergência. Tudo praticamente dentro da mochila, então "se joga" em cima e puxa o zíper pra fechar. Assim que coloquei a mochila nas costas pensei seriamente em mudar os planos, tirar tudo que estava lá dentro e colocar numa mala com rodinhas, não que as malas de rodinhas sejam as minhas favoritas, realmente não são, mas qualquer coisa seria mais fácil do que ficar andando com todo aquele peso nas costas.
Uma semana antes, já imaginando que o esforço físico nessa empreitada de acampar seria grande, resolvi fazer alguns exercícios pra fortalecer os músculos das pernas, aqueles que sustentam meus joelhos, ah os meus joelhos...coitados, tão maltratados pelo peso da idade somado aos quilômetros de corrida. Primeiro dia de exercícios, ok, o segundo dia de exercícios já gera uma dor, na manhã do terceiro dia, eu acordei abri os olhos, mas eu não conseguia me mover, mas o importante é que os exercícios surtiram resultados.  Joelhos prontos, mochila pronta hora de partir.

Primeira viagem: Sair da minha casa na Zona Sul pra ir até a Zona Leste encontrar a Mari. 
Segunda viagem: De São Paulo para São José dos Campos, um carro com 5 mulheres (eu, Mari, mãe da Mari e 2 amigas) onde 4 delas faltavam se estapear pra saber quem falava mais, a quinta alem de não conseguir falar ainda tinha que agüentar as perturbações por não falar. Sinceramente, não me lembro muito bem dela, mas sei que ela tinha um celular que estava me dando nos nervos porque não funcionava direito, no meio do caminho eu sugeri que ela jogasse na parede, ela tentou se safar dizendo que ali não tinha parede, então disse que a estrada e os caminhões estavam logo ali e fariam o serviço tão bem quanto uma parede, mas ela educadamente declinou a idéia.
O objetivo era fazer uma viagem econômica, então chegamos ao acordo de íamos passar nossos dias apenas a base se macarrão instantâneo, vulgo miojo. 
Pois é, íamos...

É isso!

Desde ontem estava sentindo uma vontade absurda de ouvir Adriana Calcanhoto. Tá, eu sei que as músicas dela são depressivas e muitas de cortar os pulsos, mas ainda assim eu gosto da voz dela, é suave e agradável aos meus ouvidos.

De onde veio a vontade de ouvir?

Bom, fui baixar a tal música dos “indiozinhos” e achei uma versão em que uma moça canta com uma voz tão agradável quanto a da Dri, o ritmo da música me fez lembrar o CD Partimpim que, não vou negar, é um dos meus favoritos.

Pois hoje fui buscar nos meus CD de backup o que tinha a discografia da Calcanhoto e a importei pro iTunes. Estava ouvindo e muitas músicas me chamaram a atenção em algum momento, mas a mais marcante, vem do Partimpim, claro. A música é “Fico Assim Sem Você” que fez sucesso na voz de Claudinho & Bochecha.


Claudinho & Bochecha, que agora sempre me remete ao show da banda Meduza, em São Thomé das Letras. Lembra do filme como perder um homem em 10 dias? Bem, eu tenho uma lista de comportamentos anti-sedução e um deles é dançar no mais clássico estilo Claudinho & Bochecha. Aliando meu peculiar gingado a essa dancinha clássica a anti-sedução deveria ser infalível, certo? ERRADO, homem é um bicho estranho mesmo, né? Foi depois de toda essa falta de sensualidade que o cara resolveu insistir mesmo. Nesses casos parte-se pro plano B: Fecha a cara diz NÃO” faz a Jennifer e vai embora.

Enfim, digressão a parte, na música citada acima acho que as estrofes 2, 4 e 5 resumem o que eu tinha a dizer.


domingo, 19 de setembro de 2010

O vento parte 3

E então o vento trouxe uma loira pra nossa mesa, querendo "se enturmar" com uma garrafa de vodka na mão, claro.
- Ai, eu e meu namorado não vamos beber a garrafa toda, ajuda a gente...
- Olha que menina má intencionada, tá bom né...
Olhos verdes, gaúcha que mora no Rio, corpão, sorrisão, e namorado bombado, tudo isso em um dedo de prosa.
Daí ela volta pra mesa dela, e vem pra nossa, e vai, e vem.
- Má intenção, o copo tá vazio!
E depois de quase acabar a garrafa ela já era "uma das nossas".
- To embrasada, vou quebrar a goiabeira!
Algum tempo depois ela já tava mais (bem mais) que soltinha.
Então quem ela resolve assediar?

Pois é, uma garrafinha e ela já estava interagindo meu pescoço and seios de forma nada sutil para a alegria dos garotos da mesa do lado.
Ah, ela tá bebada, ATÉ PARECE, ela tem namorado, é brincadeira, claro que é!!!
Depois de muita besteira falada, incontáveis goles sorvidos vou ao banheiro.
Quem aparece?
Sorrio de volta e continuo na pia, mantendo uma distância segura.
Pisco e ela tirou a roupa (mano do céu, queria ser rápida assim).
- Oi, me ajuda a dessamarrar o bikini?
Pelamor, eu só puxei a cordinha e ele voou, mas ok, as coisas são difíceis depois de tantos copos.
- O colar também...
Tá, o colar é mais difícil mesmo.
E quando eu o entrego a ela a calcinha já se uniu ao monte de roupas do banquinho.
(É realmente impressionante a habilidade dessa garota)
Ela não falou nada, só ligou o chuveiro e ficou sorrindo pra mim.

Olha, pode ser que eu seja maliciosa, mas por que demônios ela não fechou a cortininha?
Oferecer ajuda? Hum não, creio que seria interpretada de uma maneira... no mínimo hot.

- Cuidado aê! Tchau...
E foi assim que eu perdi a oportunidade de pegar uma mina.
Sim, eu não fiz nada, só saí do banheiro quase correndo.
Medo? Um pouco claro, mas acho que foi só falta de vontade mesmo.
Não é militância ht, auto afirmação e blá blá bá. Acontece que atração é uma coisa irracional, magnética, não dá pra pensar "ai eu não quero", o corpo responde... ou não.
E o meu não respondeu, simples assim, se eu tivesse olhado pra ela e pensado qualquer coisa que não fosse "Meu, ela tá bebassa, ela vai cair e se afogar no chuveiro" (Porque sim, sempre que vejo pessoas alcoolizadíssimas penso em coisas como essa, ou se afogar no próprio vômito, bater a cabeça e quebrar o pescoço) eu teria mijogado, but...
E além dessa pseudo aventura homossexual, vou levar pra sempre a invasão do pier de uma pousada com a Pri minha amiga todinho, companheira de aventuras.
Vou levar todas as piadas, novas pessoas legais que conheci, novas gírias, dancinhas que serão hits do verão e aquele calorzinho no coração de estar com minha ermã e entre amigas.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O vento parte 2

Até que o vento trouxe pro balanço da rede em que eu estava sentada calmamente, alguns garotos decididos a interagir conosco.
Acompanhadas do nosso querido Crazy Mary (o drink mais barato, forte and saboroso já inventado por uma mente ociosa sedenta de alguns mols de etanol, a minha), conversávamos animadamente sobre bobagens aleatórias, quando um de nossos vizinhos resolveu sentar com a gente, pensando em sua cabeça de jovem machinho do interior, que se tratavam de "presas fáceis", tadinho...
Chegou como quem não quer nada, achando que contaria algumas piadas, pegaria uma de nós, os amigos deles pegariam as outras e passaríamos o feriado nessa farra hormonal enchuvarada em nossas barracas, muahaha.
Mas o que ocorreu o abalou, de uma forma que deve ter deixado sequelas até agora.

Quatro, das sete garotas, formavam um lindo par de casais, duas das outras três eram solteiras, porém, lésbicas convictas, e a outra (euzinha) era supostamente um travesti.
- É Paulão, tô falando!
- Fala sério, como é o nome dela?
- PAULÃÃÃO!!!!!
- Não pode ser, cadê seu gogó?
- Porra, se eu posso cortar fora e colocar peitos eu ia deixar o gogó?
- Ah, fala a verdade vai, eu fui tão simpático, por que vocês ficam me avacalhando?
- Tá bom, não se apegue ao passado, meu nome agora é Mari, vamos mudar de assunto...
Claro que ele chamou os amigos e a essa altura o camping todo já nos olhava esquisito, os amigos se juntaram a nós e entraram na brincadeira, mas o pobre garoto, oras depois insistiu:
- Cê tava me zoando né?
Pois é, não sei por que, só sei que é assim, não consigo fazer amizade fácil.
Sou sempre a Maria Graça, perco todos os amigos, salvando todas as piadas.
Sabe aquele papo de "ai, eu não ia com a sua cara, só depois eu COMEÇEI a mudar de idéia", nem é mais novidade pra mim...
Sempre que eu to no meio de muita gente, eu disparo o Ari Toledo. No fundo eu sei que é timidez, minha arma de defesa, mas tem gente que interpreta como grosseria ou arrogância, e fica difícil o entrosamento, mas eu sobrevivo, outra característica dos taurinos, além dessa facilidade em responder rápido pra qualquer um, é a persistência, ou o popular xaveco.
E não é só no sentido sexual da coisa, minha amada mãe é a maior vítima desse meu... charme persuasivo, ai ai.
E assim viramos todos amiguinhos, eeeee.
No dia seguinte o camping inteiro já era quase uma comunidade hippie, onde as garrafas de vodka não tinham dono e as piadas duravam uma eternidade.
Então...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O vento

Tem me trazido coisas boas nestas ultimas semanas.
Agora me veio com uma vibe hippie que me invade o ser, fui viajar...
Pra praia, onde mais? Acampar obviamente.
A maioria das pessoas pode ter a impressão de que sendo nerd, cinéfila, livrólatra and blogadora não aprecio esse ambiente cheio de... corpos bronzeados.
Tá, minha tez de "Baby O porquinho atrapalhado" não se dá muito bem com o sol maaas, eu gosto da praia.
E ando SEMPRE munida do meu fiel escudeiro protetor solar fator 50 ;)
O que geralmente me faz voltar da viagem com os mesmos 220 voltz de luminosidade com que deixei a cidade grande despertando piadinhas m a r a v i l h o s a s.
Mas fato é que eu amo tomar banho de mar, a ociosidade de passar o dia sentada na areia apreciando a paisagem,passeios noturnos sentindo a brisa morna...
E o destino escolhido foi minha querida Ilha Grande.
É impressionante como pouca coisa mudou por lá desde a última visita.
Ir à praia sempre me traz lembranças da infância e adolescência, já que graças ao meu pai semi-nômade, foram raras as férias em casa, mas desta vez foi diferente.
Nunca tinha ido viajar pra longe de ônibus, ainda mais com todos os apetrechos de camping. Lençol, toalha, mantimentos... #foda!
Mas olha que eu sobrevivi, e ainda consegui achar bem divertido.
Estávamos todas animadas, corremos pro mar assim que descarregamos tudo, passamos o primeiro dia todo na praia, clima de férias total e...
CLARO QUE CHOVEU.
Estava tranquila na minha barraca quando acordo sacudindo, lonas e pedaços de árvores voando, aquela tranquilidade toda.
No dia seguinte a desgraçada da água, e a explicação dos locais pra tal fenômeno, quando o clima tempo indicava sol pro feriado todo, foi um tal de vento sudoeste, ou noroeste.
Tá então né? Joga a lona em cima da barraca, tira o moleton do fundo da mochila e... enche a cara.
Quem precisa de sol quando se tem mesinhas cobertas, cerveja e algumas amigas retardadas?
O legal de ir acampar é que tá todo mundo lá pra socializar, daí se alguém aparece com um violão vira festa.
Não tem horário de silêncio que seja respeitado, tudo perfeito!
Até que...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Não há urucubaca que o mar não carregue



O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito
O mar... pescador quando sai
Nunca sabe se volta, nem sabe se fica
Quanta gente perdeu seus maridos seus filhos
Nas ondas do mar
O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito
Pedro vivia da pesca
Saia no barco
Seis horas da tarde
Só vinha na hora do sol raiá
Todos gostavam de Pedro
E mais do que todas
Rosinha de Chica
A mais bonitinha
E mais bem feitinha
De todas as mocinha lá do arraiá
Pedro saiu no seu barco
Seis horas da tarde
Passou toda a noite
Não veio na hora do sol raiá
Deram com o corpo de Pedro
Jogado na praia
Roído de peixe
Sem barco sem nada
Num canto bem longe lá do arraiá
Pobre Rosinha de Chica
Que era bonita
Agora parece
Que endoideceu
Vive na beira da praia
Olhando pras ondas
Andando rondando
Dizendo baixinho
Morreu, morreu, morreu, oh...
O mar quando quebra na praia