sexta-feira, 12 de novembro de 2010

São Paulo Internacional

Eu AMO a Mostra de Cinema né, mesmo com as filas, mesmo amaldiçoando a galere que compra pala internet e esgota os ingressos.
Sou meio velha pra isso sabe, ingresso tem que ser comprado na hora, essa coisa de comprar um mês antes "pra garantir" me irrita, acaba com a espontaneidade da coisa, enfim...
Desde que vim morar aqui eu procuro participar da mostra, sempre penso "ai, esse ano eu vou ver váaarios filmes" e sempre acabo vendo UM.
Acontece alguma coisa cósmica eu nunca consigo ver todos, nem o que eu mais me interesso do folheto.
Acabo indo no meio da semana, em qualquer sessão antes das 17h, e olha que funciona.
Da primeira vez eu vi "Fantômes". O filme falava sobre pessoas que desapareciam e voltavam sem muita explicação, algumas cenas de pelados rolando na cama, aquela coisa toda.
Achei meio estranho, minha experiência com o cinema francês não era muito vasta até então, mas de um modo geral eu gostei.
No ano seguinte eu tentei uma nova tática, ver um filme que o nome do diretor e do elenco não fosse muito fácil de pronunciar.
Já tinha um conhecimento maior do cinema europeu, escolhi um autríaco, "Import-Export". Tratava da história de uma moça sem muita grana,com um filho pra sustentar, que cai maomeno na putaria pra isso.
Até aí nada inovador, mas esse enredo era só uma desculpa pra mostrar a situação de pessoas que estavam na europa, mas não nos países ricos, famosos and glamorusos.
A migração entre os países do leste europeu (daí o título), mostrando vários personagens e, suas diversas problemáticas... curti, bastante dessa vez.
Ano passado eu fui ver um brasileiro, o escolhido foi "Antes que o mundo acabe",sobre um garoto no interior do Rio Grande do Sul que não conhecia o pai e, suas aventuras e desventuras de adolescente.

Divertido, gosto bastante dos filmes da Casa de Cinema de Porto Alegre, levinho... foi uma boa escolha.
Esse ano resolvi optar por um oriental, resisti muito tempo à eles sabe?

Puro preconceito, mas desde que vi "Hanami" (que é europeu, mas se passa no Japão) e "A Partida", mudei minha opinião.
Escolhi "Sobre seu irmão", que aborda o mesmo tema central dos outros dois, a relação do japonês com o trabalho, uma relação COMPLETAMENTE diferente da que o brasileiro tem.
Fala sobre uma moça que se casa com um médico, e na festa aparece um tio alcoólotra que traz um monte de problemas pra ela e sua mãe.
Ela acaba se divorciando porque o marido dá mais atenção ao trabalho do que à ela e, o filme discute esta opção de viver para a carreira ou, a opção do tio, que é um ator semi-desempregado. Obviamente eu não vou contar o final, mas filme japa é sempre meio tragicômico, mistura cenas bem tristes com algumas super engraçadas, e pra titia palhacita aqui é um prato cheio.
Ano que vem vou tentar ver um indiano, de fato e direito, com dancinha no meio e tuda, ou sei lá, um de algum país que eu nunca tenha ouvido falar.
Essa é a minha tática, nomes de sonoridade... peculiar e legendas eletrônicas, nunca me decepcionei. Fica a dica ;)

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