terça-feira, 21 de setembro de 2010

La Lobinha

Não, eu não estou falando de uma mini Shakira, falo de mim mesma, pessoa criada em cidade grande desde que nasceu, que nunca teve grandes aventuras próximas a natureza indo para o meu primeiro acampamento no auge dos meus 28 anos.
Pensando que é uma maneira super econômica de me hospedar e dessa forma poder conhecer mais destinos, depois de muito resistir (por anos e anos), resolvi me aventurar, por que não? Acho que no fundo, no fundo eu sempre quis ser escoteira ou coisa do tipo, então me preparei para por em pratica os conceitos da lei escoteira “Honra, integridade, lealdade, presteza, amizade, cortesia, respeito e proteção da natureza, responsabilidade, disciplina, coragem, ânimo, bom-senso, respeito pela propriedade e auto-confiança.” Bom, pensei até em arrumar um lenço vermelho pra amarrar no pescoço, afinal em tempos de desemprego caso eu me saísse bem no acampamento poderia pensar numa carreira no escotismo e toda aquela coisa de vender biscoitos de porta em porta.
Pois é, me empolguei tanto com a idéia que até comprei uma barraca, a mochila eu já tinha através de uma das melhores negociações de fiz na vida, troquei uma mini mochila roxa por uma de camping de 70 litros.
Bom, como não poderia ser diferente passei dias lendo sobre alguns destinos, campings e sobre dicas para campistas, como fazer, o que levar e etc.

Destino: Ilha Grande – RJ. 
Quem: Eu e mais seis corajosas garotas a fim de curtir belas paisagens e ótimas companhias e tudo mais que essa aventura poderia proporcionar.

Depois de contar os dias, literalmente, afinal eu tinha outro motivo, alem do acampamento, pra estar ansiosa. Chegou à hora de arrumar a mochila, coloquei tudo dentro, de roupas a produtos de higiene passando pelos itens que poderiam ser necessários no camping, tipo canivete, silver tape e chiclete, ou seja: meu kit Macgyver tava pronto pra qualquer emergência. Tudo praticamente dentro da mochila, então "se joga" em cima e puxa o zíper pra fechar. Assim que coloquei a mochila nas costas pensei seriamente em mudar os planos, tirar tudo que estava lá dentro e colocar numa mala com rodinhas, não que as malas de rodinhas sejam as minhas favoritas, realmente não são, mas qualquer coisa seria mais fácil do que ficar andando com todo aquele peso nas costas.
Uma semana antes, já imaginando que o esforço físico nessa empreitada de acampar seria grande, resolvi fazer alguns exercícios pra fortalecer os músculos das pernas, aqueles que sustentam meus joelhos, ah os meus joelhos...coitados, tão maltratados pelo peso da idade somado aos quilômetros de corrida. Primeiro dia de exercícios, ok, o segundo dia de exercícios já gera uma dor, na manhã do terceiro dia, eu acordei abri os olhos, mas eu não conseguia me mover, mas o importante é que os exercícios surtiram resultados.  Joelhos prontos, mochila pronta hora de partir.

Primeira viagem: Sair da minha casa na Zona Sul pra ir até a Zona Leste encontrar a Mari. 
Segunda viagem: De São Paulo para São José dos Campos, um carro com 5 mulheres (eu, Mari, mãe da Mari e 2 amigas) onde 4 delas faltavam se estapear pra saber quem falava mais, a quinta alem de não conseguir falar ainda tinha que agüentar as perturbações por não falar. Sinceramente, não me lembro muito bem dela, mas sei que ela tinha um celular que estava me dando nos nervos porque não funcionava direito, no meio do caminho eu sugeri que ela jogasse na parede, ela tentou se safar dizendo que ali não tinha parede, então disse que a estrada e os caminhões estavam logo ali e fariam o serviço tão bem quanto uma parede, mas ela educadamente declinou a idéia.
O objetivo era fazer uma viagem econômica, então chegamos ao acordo de íamos passar nossos dias apenas a base se macarrão instantâneo, vulgo miojo. 
Pois é, íamos...

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