domingo, 23 de janeiro de 2011

Todo bêbado acha que é milionário...

Acho que partindo desse principio muita gente vai pros bares da região da Av. Paulista e Rua Augusta vender "seu peixe". Já vi gente vendendo latinhas de alumínio após ter feito alguma arte com elas, livros, adesivos, imã de geladeira, bijuterias, doces, entre outras coisas.
Pois bem, esses dias estava eu num bar com uma amiga quando a vi acenar para alguém, era uma mulher que ela já tinha conhecido num outro bar. Essa mulher escreve poesias, as imprime numa folha de papel sulfite e sai vendendo de bar em bar, de mesa em mesa. Quanto custa? Bom, você paga o quanto quiser.
Minha amiga comprou uma e pelo valor que ela pagou eu acabei recebendo uma também e vou compartilha-lá com vocês.


DIVINOS DEVANEIOS


Se faz presente a melancolia,
soprando em minha vida eterna maresia,
com fortes tufões;
saudades explodindo corações,
e no final do horizonte além
não há nada nem ninguém...


Somente o árido deserto indiferente,
a vida indo sempre para frente,
eu luto e não venço;
e as vezes até penso
que serei assim dissimulada
rindo e chorando alucinada...


Sendo poeta, vivendo em mundo diverso,
e é todo azul este meu universo,
Cleópatra, Maria e Madalena;
amando, sacrificando, dando pena
rasgo a realidade e sonho gozando
o paraíso que sempre estive almejando...


                                     Constance Belmar

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